segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A CRISE DA MONARQUIA PORTUGUESA

No final do século XIX a vida urbana propiciava a proliferação das ideias republicanas e antimonárquicas, principalmente entre a burguesia urbana de Lisboa, Porto e Coimbra. Entre os factores que contribuíram para isso: 
  • A vida dos cafés, a educação básica e os jornais tornaram a opinião pública muito informada e interventiva. 
  • O rotativismo partidário entre os partidos do regime Regenerador e Progressista e a falta de soluções   contribuíram para a falta de credibilidade do sistema monárquico liberal, havendo suspeitas de manipulação de resultados eleitorais. 
  • os governos e o rei passaram a ser muito criticados sendo cada vez mais frequente a censura ao regime. 
  • A insatisfação e descontentamento populares eram grandes devido à crise económica e financeira que assolava o país. 
Neste contexto surgiu o Partido Republicano em 1876 desenvolvendo uma propaganda antigovernamental e aproveitando todos os factos políticos e económicos que resultassem em argumentos que mobilizassem as populações e encontrassem eco nas suas reivindicações. 

Em 1890 o episódio do Mapa Cor de Rosa e do Ultimatum deu argumentos à oposição para reclamar com violência contra o rei. Abandonando aos ingleses as pretensões de ocupação dos territórios do Chire o governo português deu argumentos aos republicanos para desenvolverem uma série de acções populares de protesto contra o rei e os interesses ingleses.
Um ano depois em 31 de Janeiro de 1891 deu-se a primeira revolta republicana em Portugal.

O ambiente de contestação e de quase estado de sitio fez com que o rei visse a sua autoridade posta em causa sendo obrigado a tomar medidas de reforço do seu poder:
  • Convidou o politico João Franco para primeiro ministro
  • dissolveu o Parlamento em 1907 e deu a João Franco poderes de ditadura.

O sentimento antimonárquico tornou-se muito forte levando a Carbonária a organizar um atentado contra o rei em 1908, o regicídio, no qual faleceu também o príncipe herdeiro Luís Filipe.



 
D. Manuel tornou-se o último rei de Portugal como D. Manuel II. Sem conseguir resolver os problemas nacionais governou em contestação quase permanente sendo deposto em 5 de Outubro de 1910 juntamente com sua mãe D. Amélia. 

2 comentários:

  1. 1
    A) As exportações e as importações desceram em 1892 e a partir daí subiram sempre, tendo sempre uma balança de saldo negativa.
    B) Uma eventual crise económica.
    C) Como Portugal importa mais do que o que exporta está depende dos países estrangeiros para conseguir “sobreviver”.
    D) Nacionalidade inglesa, pois sem este banqueiro as contas de Portugal não seriam feitas e estes não teriam dinheiro para comprar nada.
    2
    a) O rei D. Carlos dedicava-se á caça como expressa a imagem.
    b) A monarquia portuguesa não está desenvolvida em relação ás espectativas do rei nem em comparação aos outros países da Europa assim sendo o rei não se esforça para a melhorar e passa o seu tempo a caçar.
    c) Fialho de Almeida afirma isso porque Portugal não tinha demonstrado nem demonstrava atitudes que se impusessem aos outros países da Europa então as pessoas era como se já não conhecessem o seu país.
    d) O recuar de Portugal em relação ao mapa cor de rosa depois do Ultimato Inglês.

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  2. Maria Inês Gonçalves26 de novembro de 2013 às 19:11

    Maria Inês Gonçalves nº14 9ºA:
    1-
    a) As exportações e as importações foram progredindo ao longo do tempo.
    b) A consequência principal foi o facto de criar uma crise.
    c) Portugal dependia do estrangeiro porque como estava em crise, Portugal pediu dinheiro emprestado ao estrangeiro ficando assim dependente dele: se nos emprestassem dinheiro podia-mos-nos continuar a desenvolver, mas se não nos emprestassem já não podiamos.
    d) Burnay era inglês. Portugal tem uma forte dependência ao estrangeiro por causa da questão do 'mapa cor-de-rosa', ou seja, Portugal teve que desistir da tomada de pose de todos os territórios entre Angola e Moçambique porque se não o fizesse Inglaterra iria recorrer ao corte de relações diplomáticas e à força militar.
    2-
    a) D. Carlos dedicava-se à caça.
    b) O rei estava farto do facto da sua monarquia não lhe permitisse praticar ou fazer o que lhe apetecia, como por exemplo: caça, grandes almoços ou jantares, etc., porque são ações muito dispendiosas para o país.
    c) Fialho de Almeida afirmou isso porque cada vez mais o rei queria ter muitos momentos de lazer e poucos do que realmente tinha a cumprir.
    d) O facto de haver adeptos e difusores do republicanismo.

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