sábado, 22 de fevereiro de 2014

A ASCENSÃO DAS IDEOLOGIAS AUTORITÁRIAS

Os anos após a guerra foram marcados por uma grande instabilidade política e mudanças radicais nas medidas tomadas pelo poder político e seus principais protagonistas. 
As dificuldades económicas, as graves consequências da guerra e as ideologias políticas produziram divisões por todo o mundo. Alguns factos mostram-nos esta tendência:
  • O Komintern ou III Internacional Comunista, existente em Moscovo sob a protecção do Partido Comunista da União Soviética, deu um grande impulso às lutas operárias e à contestação laboral que alastrava por todo o mundo capitalista, nomeadamente nos países mais afetados pela guerra. Formaram-se partidos comunistas em muitos países, em particular nos mais industrializados.
  • Na Alemanha, na Hungria e na Itália movimentos radicais de esquerda marxistas leninistas procuraram tomar o poder aproveitando-se das situações políticas caóticas em que os respetivos países saíram do conflito. Em Berlim, um movimento de contestação à Republica de Weimar acabou em banho de sangue com o assassinato dos líderes espartaquistas. Em Munique uma república soviética declarou independência do estado alemão, independência essa que durou um mês. Até 1920 vários movimentos espalharam a desordem e o caos social em várias regiões da Alemanha enquanto na Hungria um movimento chefiado pelos comunistas procurava implantar uma república marxista. Na Itália, greves, manifestações e desordens frequentes lideradas por ativistas comunistas tentaram implantar a ditadura do proletariado através da ocupação de fábricas e campos agrícolas sendo severamente reprimidos. Também em Portugal e noutros países europeus a vaga de contestação esquerdista (manifestações e greves) provocou o caos económico e político. 
  • Os movimentos de esquerda despertaram por toda a parte o medo de revoluções comunistas o que teve como resultado o extremar de posições e a implantação de regimes autoritários  em vários países da Europa e do Mundo. Na Itália Mussolini, na Espanha Primo de Rivera, em Portugal a ditadura militar e o Estado Novo. 

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